sábado, 25 de abril de 2009

Experimento de memória.

Experimento de memória, pictórica.
Inflamando o seio da virtude,
Mude... para que tudo não passe de apenas outro destilado carnaval fora de época...
Perplexa.

Apodrece deselegante, em chamas frias de anulação imortal.






Parece que sou um pouco falho...
Inválido...
desuliado.


Fim de carreira.

Talvez como se tentasse pregar o olhos naquele momento ...
Tendo muito ou talvez mais ainda, precavi as horas e aos prantos nada foi exposto
E pela chantagem do tempo ou espasmo escuro, explicito expurgo, se coube uma auto-destruição!

Mas que porcaria de nada de figura e fundo de uma fuga ( ! ), [...] F U G A.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cheiro do pó

Cheira a pó...
Se eu conseguisse alcançar o cansasso e seu significado;
Se tudo não passasse de uma idéia fria e tola;
Eu poderia conseguir castigar esse momento febril... Mas tudo cheira a pó.

Me mantenho atrás de palavras dóceis, envenenadas com calor
De desejo infame e inflamável radiação de amor.

Estoura o termômetro da alma
E em meu colo se alastra a mancha da lágrima insossa
Como seu eu repetitivamente apunhalasse minhas entranhas... Estranho...
Pois me sinto até melhor, mas muito longe do mal de estar bem...

[...] Mal posso esperar para estagnar outra vez essa inescrupulosa porção de palavras...

Cheira a pó... e nada desodoriza.

Dilúvio taquistoscópico.

De difícil passei ao negativo, ou à negação dos meus sentimentos.
Sou sentimental, mas detesto isso.
Sou orgulhoso, porém fracassado nesse quesito. Orgulho mastigado.
Sou papel sem escritura, pauta sem partitura. Sou defeito de erro. Lixeira cheia.
Frio que percorre o corpo, choro entalado na boca, nos olhos.
Notório dilúvio... exposto brevemente.
De verdades e respostas.
O que pode ser tão difícil? Ou sou tão egoista assim?
Clima cego, nefasto espinho... desvio o filtro e me poluo.
Não se pode viver feliz, mas nunca por culpa de ninguém.

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Situação atual"

Não vou negar minha falta de ânimo, nem mesmo meu medo mais avassalador. Não vou dizer que está tudo bem e nem que tenho certeza do meu velho inimigo, o final feliz.
Tenho vontade de chorar, mas engulo com certa dificuldade para não ferir ainda mais o meu orgulho abalado. Não tenho motivos para dançar, mas tento mesmo assim. Não tenho motivos para sorrir, mas sorrio um pouco com a ajuda de meus amigos. Bebo e fumo pra tentar esquecer que
eu não gosto da minha situação atual.
Procuro entender os motivos... Os “pra quês” de tudo isso. E o pior é saber que poderia estar tudo tranqüilo, que eu poderia estar dormindo bem... Que tudo isso não passara de um pesadelo cansativo.
Tenho tanto medo e não tenho remédios para isso. Aliás, meu único remédio é acreditar e continuar acreditando...
Eu amo e sou amado, porém não conheço a validade desse amor por mim. Meu medo é minha luta. Meu erro? Talvez... Talvez não....

Quero mudar tudo isso e só gostaria de saber como. Agora sou triste, mas vai passar.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Caminhar

Consigo enxergar, mas vejo pouco,
O reflexo embaçado, os rabiscos de meu corpo...
Esqueleto rachado.

No encontro com meu ego e com meus ismos,
Posso apenas ter a idéia, porém torta, da magresa do meu pensar.

Posso parar de me perguntar tantas vezes o que há?
Acho que talvez não.......
O copo esvasiou, o dinheiro acabou.
Melhor parar o sonho e caminhar. Caminhar.

Encontro dos espelhos

Poluição lírica! Em lambidas secas e ásperas!
Nos olhos empobrecidos, a filtragem dissonante do bom...
No encontro mais profundo,
O encontro dos espelhos
Ou na onda das revoltas.
O medo cala o réquiem vital
E a vertigem implica no erro, na falha...
Ou sem razão, na continuação.......

Emoção.

Um receio de minha pele, hum...
De vez em quando parece ser vicioso.
Incomunicavél com a emoção, ou emotivo confesso...
Nos tempos que emoção de mais pode ser perturbador.

Que som é aquele que inflige derróta?
É completamente destruidor!
Melhor então lavar a minha mão, que mantive suja com meus erros.

Assassinato de dores.

Complexidade diária

Para Louise, com amor.

Pálido, egoista carimbado. De medo e vulnerável perda de razão. Não quero de modo algum fechar os olhos dessa nossa história, não vou por tudo a perder. Acho que eu quero coisas demais, atos que me levam ao choro, à inveja. Sou certamente convencido de que nada mais é necessário para minha felicidade que estar ao seu lado, espantando tristesas e brotando sorrisos. Eu vou sempre construir paredes para vários momentos, mas, no final, os deixarei sempre passar... É apenas medo. Meu incurável medo.

Você é tudo, complexidade diária. Meu sistema de pulsação, meu ser... Vida.
A certeza da ilusão, a luz que me leva, a cor para pintar.
Retrato mais perfeito de vida em paz, que quero nunca ter que deixar pra trás.


yan lemos