quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Relaçãomútua

Sonoroqualidadestempo; viualconcretizaçãoforma; verbalconceitológica... interfaces. Quanto mais próximo de nosso momento histórico mais híbridas se toranm as linguagens, relacionando-se mutuamente e influenciando-se.
Signos são mutáveis, mutantes de frente com a percepção, ponte de passagem dos fenômenos que permanecem inexistentes até a formação do signos na mente.
Tudo são matrizes de fora e dentro.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

XIII

Detesto aqui palavras de sussurros ou, quem sabe, berros por algo infinitamente sonolento.
Não me interessa escrever como certos nomes ou mesmo cantar a voz de outro, se acredito tanto no meu saber... Banhado à calmaria de um oceano triste. Eu sou a voz de uma cidade fria, a lágrima do testamento, lamento frágil das cinzas de um cigarro, razão inexstente, o álcool.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

XII

Eu tento escrever aqueles sentimentos mais virtuosos, mas sou a negação total desse adjetivo cansativo.
Viver na falta do amor achando que amava alguém, aqui e acolá, só me fez, em um determinado instante, perceber que desacreditei no amor. O amor, que de gozo forte e ofegante havia se tornado apenas uma trepada qualquer, foi perdendo forças e então desapareceu. Realmente não tinha mais condições de acreditar.
Foi então que em uma bela tarde de segunda feira, dia escroto que tinha tudo para ser vazio, deparei-me com olhos que concertaram minha razão e agitaram o meu mar. Nesses olhos fixei meu desejo, com dúvidas, obviamente, de tentar uma ultima vez encontrar uma brasa restante daquelas fogueiras passadas. Provei para meu eu que impossível é fugir e, sem medo, mergulhei fundo e hoje tenho a felicidade impregnada em alguém... que está ao meu lado... A certeza veio com o tempo, tudo no tempo certo...
Meu amor... alguém que me faz feliz.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

XI

As mais belas naturezas nos presenteiam cuidados esquemáticos, como se fossem hieróglifos fiéis de nosso conhecimento fraco, pobre e afetado de sentimento. Será que sabemos mesmo mergulhar no oceano da verdadeira vontade e, antes de mais nada, abrir portas para o esquecimento dos demônios trismegistos e da adoração de qualquer esquema superior? Acredito que não!
Somos uma central de informações e os pensamntos formam uma colossal roda giagante daquilo que conhecemos. Existem modos de observar (ir)realidades e se deliciar em saber que não passamos de mijos territoriais, fúteis e amargamente equivocados com aquilo que a vida coloca em nossas mãos.
O importante, na verdade, é apenas perceber que, sim (!), verdades podem ser enganadoras e são na maioria das vezes. Se há ou não algo além daquilo tudo que conhecemos e deixamos de conhecer, não importa para o mundo, apenas para você, pois deus é você... Um conceito fraco de eterno amor e vida em paz, que muitas vezes nos faz sentir como cacos velhos, prontos para serem pisoteados e requebrados em mais mil pedaços, sufocando-nos como peixes ao pensar que amanhã serão o prato da vez da espécio que se sobressaiu.

"Elifas Levi, Abracadabra, não sei o que eu faço aqui" - Paulo Hde Nadal

X

Pude revelar para meus medos narrativas de chuva ácida providas do meu ego e sem saber acumulei lembranças.
Dentre boas e más pude escolher a mais pesada para querer mal, muito mal o tempo todo.
Pensei: poemas nada trazem senão verdades momentâneas, mesmo em culpa ou mentira, o que vale é apenas o momento.
Escalando sem preparo, arranhões profundos ou escaras, no raso coma de uma ave libertada, que nunca soube o que era viver.
Em vôo supremo descobri névoas sobre todos, num silêncio pálido, entre o fogo e a morbidez decadente da preguiça ou simplesmente da falta de vontade de minha falta de palavras.
Corri então para longe e sem condições de acreditar-me imortalizei o passado em músicas de temas fajutos, depois de escutar o frio e desmembrar os erros e respirar e destruir as bases de comando da guerra entre meus sorrisos sinceros e falsos.
Às vezes sou um tanto anamórfico demais.