terça-feira, 27 de maio de 2008

VII

Para as garotas escrotas com quem me envolvi.

Não lamentei mais as perdas, lamentei apenas não me sentir confortável em devidas situações. Vontade de ter garotas belas, sensuais e quentes não me anima como antes... talvez pelo fato de algumas garotas terem se mostrado escrotas o bastante para que eu não as desejasse mais.
O fato da verdade estar um punhado de quilometros de mim me desanimou ainda mais, mas eu ainda acreditei ( e acredito! ), porém foi difícil e complicado conviver com isso... Então fui correndo atrás de aventuras, procurando me envenenar cada vez mais e desaguar por aí.
Sabia que em algum momento iria me encontrar e ameaçaria-me a perder o controle.
Eu já havia morrido tantas vezes que não tive dúvidas, nem vontade de levantar, precisei tanto de certas pessoas em determinadas horas da minha vida... e agora me alterno entre neblinas e raios, meu bem... eu não vou parar!

Eu então parti, trotando no caminho de núvens coloridas do meu pensamento. Guardei meu dinheiro para viver conforme certas músicas, e essas foram esterilizadas em alvejante, antes de serem injetadas em minha corrente sanguínea. Fui alvejado por garotas, pequenas crianças que apenas me chatearam. Umas queriam apenas sexo, outras apenas nada.

Hoje, então, sou meu pensamento negro, jogado para fora do meu corpo... e minha alma apodrece no limbo das palavras que mancharam para sempre meu corpo ao se encaixarem em meu órgão.
Aquelas palavras ditas em meus ouvidos eram ratos e baratas, corroendo minhas virtudes... sim, eu fui o que não sou... e hoje luto contra esses movimentos traidores. Pode-se de longe sentir minha dor, como se fosse uma doença terminal.
Sinto nojo daquilo tudo que amei, mas não abomino, apenas pela beleza daqueles olhos, lábios, seios, pernas e bundas corpos que ainda receberão muitos jatos de mentira e enganação.

Eu não valho nada, mas nunca disse que valia alguma coisa.

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